A Morte do Super-Homem – quando comecei a colecionar quadrinhos
Em 1992 o Superman, que aqui no Brasil ainda se chamava Super-Homem, morria e eu comecei a colecionar e admirar a arte dos quadrinhos. Na época esse evento fez barulho não apenas na mídia especializada, mas vários veículos de comunicação alardearam a notícia para todos saberem que o maior herói de todos os tempos iria morrer. Aqui no Brasil, até o Fantástico fez matéria sobre o assunto.
A DC Comics editora do Super, atravessava um grande dilema sobre o que fazer com as revistas do azulão. Pensaram até mesmo em cancelar os títulos, mas isso iria trazer mais problemas do que soluções. Falar em solução, a idéia da editora foi reunir a equipe criativa do personagem para criar uma grande história a fim de alavancar as vendas das revistas.
Na época com 54 anos de idade, o personagem já tinha sua marca mais do que solidificada e movimentava uma grande soma em dinheiro em merchandising. Mike Carlin, editor das revistas do Superman nos EUA, planejou junto com a equipe de artistas envolvidos nos títulos do Super colocar o herói no centro das atenções, através de uma história em que ele lutava com um novo personagem, o Doomsday, aqui no Brasil batizado de Apocalipse. Mas Superman só conseguiria deter o vilão pagando com a própria vida.
Longe de ser um clássico dos quadrinhos, como Watchmen, Batman – O Cavaleiros das Trevas, ou A Piada Mortal, A Morte do Superman tem toda pinta de que foi feita as pressas e a carência de uma boa história é visível no desenrolar da trama a cada página que folheamos. Mesmo assim a estratégia da DC deu certo e a saga foi um sucesso avassalador. As vendas foram recordes e até mesmo quem não gostava do Super comprou a revista para ver sua morte.
Aqui no Brasil a história saiu publicada pela Editora Abril, em um único volume, diferente dos EUA, onde o desenrolar da saga saiu em várias revistas do Superman. Um especial intitulado A Morte do Super-Homem, onde a capa, com efeito em relevo, trazia o famoso símbolo do herói sangrando.
A partir dessa edição foi que eu comecei a comprar quadrinhos. Depois da Morte do Super, eu queria saber o desenrolar daquele universo, como a Lois Lane ficaria, os pais de Clark Kent e os outros heróis? As revistas que comprei em seguida a morte foi “Funeral para um Amigo” e “Além da Morte”, que traziam as consequências diretas do combate mortal.
Acabei comprando mensalmente as revistas do Super em banca. Claro que ele retornou da morte em um especial que também vendeu muito bem, chamado O Retorno do Super-Homem. Ampliei para os outros heróis da DC (Batman, Liga da Justiça…) e fui catar em sebos do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Santa Maria-RS as edições anteriores.
Colecionei por 10 anos. Ainda tenho muito bem guardadas cerca de duas mil revistas. Alguns clássicos, raros, mas isso é uma outra história.
Interessou? Vc pode comprar a reedição dessa história aqui e aqui, mas é uma pena ser tão caro.
A DC também lançou uma versão animada em DVD e Blu-Ray, em 2007. Confira o trailler:
Resgate – Texto escrito em 17 de Novembro de 2012
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