Fernando Vidal: o homem que trocou a guitarra pelo relâmpago
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🎧 Ouça os sons de Fernando Vidal

Existem guitarristas. Existem bons guitarristas.
E existe o Fernando Vidal, o cara que parece ter feito um pacto com o próprio espírito de Jimi Hendrix.
Quando ele ataca o primeiro acorde, o ar muda. As notas não saem, escapam. A guitarra vira um animal selvagem, uma entidade elétrica que respira groove e exala liberdade. É o som da alma nua, da fúria e da delicadeza convivendo no mesmo traste.
E é com essa energia que recebo Vidal no Pitadas do Sal, pra um papo que vai muito além das cordas: vamos falar de carreira, bastidores, influências e, claro, do show “Tributo a Jimi Hendrix”, que ele apresenta no lendário Blue Note Rio, no dia 16 de outubro.
O embrião do raio
Nascido no Rio de Janeiro, Fernando Vidal cresceu entre a bossa e o rock, num tempo em que a música ainda era território de risco e invenção. Antes de ser o guitarrista requisitado que virou, foi curioso, inquieto, um desses garotos que passam mais tempo com o ouvido colado no vinil do que na escola.
Estudou no Musicians Institute of Technology, em Los Angeles, nos anos 80, quando a cidade ainda fervia entre solos infinitos e cabelos armados. Voltou pro Brasil com uma bagagem de técnica, mas, principalmente, com a noção de que música é expressão, não performance.
E talvez seja esse o segredo do som dele: Vidal não toca pra impressionar. Toca pra dizer algo.

A guitarra como passaporte
É difícil achar um artista que tenha transitado com tanta naturalidade entre universos tão distintos. De Marina Lima a Zélia Duncan, de Fernanda Abreu a Seu Jorge, Fernando Vidal foi costurando sua trajetória como quem faz pontes invisíveis entre estilos, sempre com o mesmo DNA: energia, precisão e alma.
No palco, ele é o tipo de músico que não precisa de pirotecnia. Basta o som. Cada nota tem peso, cada silêncio, sentido. E quando ele cita Hendrix, não é por tributo, é por comunhão.
O show que ele apresenta agora, o “Tributo a Jimi Hendrix”, é mais que homenagem. É uma invocação. Uma espécie de rito elétrico que mistura o respeito do discípulo com a ousadia do inventor.
O poder da liberdade
Hendrix dizia que “a música é minha religião”. Vidal parece ter entendido o recado.
Ao longo de quatro décadas, ele construiu uma carreira longe dos holofotes fáceis, guiado pelo mesmo princípio: liberdade acima de tudo.
E é isso que o torna tão necessário, num país onde a pressa atropela a escuta, e onde o som muitas vezes é tratado como ruído, ele insiste em tocar com alma.
Não é pouca coisa.

No Pitadas
Na nossa conversa, o papo vai passar por tudo isso: as influências, os palcos, as colaborações, o peso de tocar ao lado de gigantes, e o prazer de continuar desafiando o óbvio.
E, claro, o ritual do palco, aquele instante em que o músico vira canal e a guitarra vira trovão.
Se você é do time que acredita que música boa é aquela que te sacode e te cura ao mesmo tempo, essa live é pra você.
⚡ Um chamado
No fim das contas, Fernando Vidal não toca guitarra, ele conversa com ela.
Cada solo é uma confissão, cada acorde, uma risada interna. É arte viva, feita no fio da navalha entre o técnico e o transcendental.
E é por isso que esse papo no Pitadas do Sal vai muito além do “tributo”: é sobre o poder da música de transformar o ar, o corpo e o mundo.
📅 Live: Terça, 14/10, às 19h
📍 Canal Pitadas do Sal (YouTube)
Porque há guitarras que soam, e há guitarristas que incendiariam o céu só pra ver o som brilhar. Fernando Vidal é desses.
Sensacional. Vidal é um entusiasta da música de Jimi Hendrix.
Sensacional.
Vidal é um entusiasta da música de Jimi Hendrix.
Imperdível
Maravilha
Vidal é um entusiasta da música de Jimi Hendrix.
Imperdível