Memórias e fôlego pop no evangelho segundo NEW, de Paul McCartney

Um disco que prova que Paulinho não é só passado, é presente pulsante, colorido e cheio de vida.

🎧 Link para ouvir: Spotify | YouTube


Em 2013, Paul McCartney lançou New. E, cá entre nós, o título já era um recado direto: não bastava ser “ex-Beatle”, não bastava ter empilhado clássicos nas últimas cinco décadas, Nosso Paulinho queria mostrar que ainda tinha algo a dizer.

O disco chegou colorido, vibrante, com uma capa que mais parecia um letreiro de neon piscando: ei, não me aposentei ainda. E olha, crianças, não se trata só de um senhor de 71 anos tentando soar atual. O New é a prova de que Paul não queria viver de passado, mas construir novas pontes com o presente.


Um disco que respira o hoje

Enquanto muitos veteranos se acomodam no rótulo de “lenda viva”, Macca chamou uma turma de produtores jovens (Mark Ronson, Ethan Johns, Paul Epworth e Giles Martin) para temperar seu som. Resultado? Um álbum que conversa com o pop contemporâneo, mas sem perder aquela assinatura inconfundível de melodia chiclete, refrão grudento e uma pontinha de nostalgia.

O New é um exercício de equilíbrio: ora brincalhão, ora introspectivo, sempre cheio de vida. Não é sobre reinventar a roda, mas sobre mostrar que ainda se pode girá-la com graça.


Faixa a faixa (sem medo de exagerar)

  • “Save Us” abre os trabalhos com energia rockeira, quase gritando: “ainda tô aqui, molecada!”.
  • “Queenie Eye” é puro McCartney divertido, carregado de referências aos tempos de infância, mas com groove moderninho.
  • “Early Days” emociona: voz frágil, memória afetiva, um retrato cru de quem viveu história demais.
  • “New”, a faixa-título, é leve como um sopro de verão. Um otimismo que só Macca consegue entregar sem soar piegas.

E o disco segue entre altos e médios (porque baixos mesmo não existem aqui), reafirmando que, se existe um músico que ainda sabe brincar com as próprias fórmulas sem virar paródia, esse cara é o Paul.


Então… por que New ainda importa?

Porque ele prova que envelhecer não precisa ser sinônimo de repetir-se. Porque lembra que a música pop é sobre frescor, mesmo quando nasce de mãos experientes. Porque coloca McCartney não no pedestal de relíquia, mas no palco da relevância.

Mais que um álbum, New é uma declaração de vitalidade. Um neon piscando na cara de quem duvidava.

E nesta segunda, 29/09, às 19h, eu bato esse papo ao vivo com a galera do Os Sem Carisma, direto no canal. Vem com a gente nessa viagem, porque, bicho… NEW ainda importa, vai por mim.


Sal

Jornalista, blogueiro, letrista, já fui cantor em uma banda de rock, fotógrafo, fã de música, quadrinhos e cinema...

Você pode gostar...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *