Nanná Millano Explora o Misticismo e a Perspectiva Feminina em ‘Oráculo’

A cantora e compositora paulistana Nanná Millano continua a revelar as nuances e melodias de seu álbum de estreia, intitulado de forma adequada “Can’t Translate Saudade”. Esse disco apresenta sua visão moderna da música brasileira através de uma lente feminina intrigante. Seu mais recente single, “Oráculo”, ressoa com uma geração profundamente interessada em astrologia. A faixa mergulha humoristicamente no misticismo enraizado no tarô e na adivinhação para desvendar o futuro de uma paixão incerta.

Ouça “Oráculo”: Link

“Oráculo” marca o terceiro lançamento de Nanná Millano e apresenta uma capa fotografada em frente à obra de arte “L’occhio dell’anima” (o olho da alma), da artista italiana Marilena Calbini. Inspirada por uma conversa com uma amiga sobre uma paixão repentina, Nanná criou uma narrativa poética entrelaçada com elementos sobrenaturais, questionando se o amor é predestinado ou passageiro.

“Eu compus essa música de forma espontânea, com letras e melodia fluindo simultaneamente. Ela surgiu logo após uma ligação com uma amiga que compartilhou um encontro incrível da noite anterior. Eu não pude deixar de me identificar com as expectativas intensas que ela estava vivenciando”, compartilhou Nanná. “Coincidentemente, eu estava lendo sobre Oráculos na cultura greco-romana no livro ‘Manual Enciclopédico de Magia e Feitiçaria’, de Susan Greenwood. Ela explora a magia ao longo da história e das culturas, destacando como os gregos construíam templos de Oráculos para adivinhações e profecias, servindo como uma ligação entre humanos e deuses. Isso me parece extremamente fascinante.”

O videoclipe de “Oráculo” busca inspiração na psicodelia dos anos 60 e 70, evocando lembranças do “Yellow Submarine” dos Beatles. As animações foram criadas utilizando ferramentas de Inteligência Artificial, e o vídeo entrelaça cenas vibrantes do carnaval brasileiro capturadas durante um desfile em São Paulo.

Esse single é apenas uma faceta do álbum “Can’t Translate Saudade”, uma jornada musical que explora diversos aspectos do amor através da relação entre o Brasil e a França. Atualmente, Nanná divide seu tempo entre São Paulo e Paris, enriquecendo sua música com influências culturais de ambos os países. Suas faixas misturam gêneros como MPB, Bossa Nova, Tropicália, Funk, Jazz e Pop, resultando em um som único e contemporâneo.

O álbum conta com colaborações de renomados músicos brasileiros, incluindo Carlos Malta (conhecido como “escultor do vento”), que contribui com seus virtuosos clarinetes e flautas. A percussionista Simone Sou e o aclamado baterista Rafael Barata também deixam sua marca nas faixas.

Nanná Millano está empenhada em destacar a representação feminina na indústria musical. Dados alarmantes evidenciam a participação desigual de artistas femininas em festivais e na distribuição de royalties. Através de “Can’t Translate Saudade”, Nanná busca mudar esse panorama ao apresentar um álbum com 10 músicas originais, com melodia e letras escritas por uma artista feminina, acompanhada por instrumentistas de destaque. Além de Simone Sou, outros talentos como Ingrid Cavalcanti (contrabaixo), Izandra (violino), Reblack (violoncelo), Viviane Pinheiro (piano) e Júlia Toledo (piano) também contribuem.

Com uma abordagem musical autêntica, misturando influências culturais e explorando as complexidades do amor, Nanná está pronta para apresentar seu álbum de estreia aos ouvintes. Enquanto isso, os ouvintes podem explorar seus singles e videoclipes em várias plataformas, incluindo seu canal no YouTube.

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Sal

Jornalista, blogueiro, letrista, já fui cantor em uma banda de rock, fotógrafo, fã de música, quadrinhos e cinema...

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