Relato de uma bailarina – Dia Internacional da Dança
Há 8 anos era a primeira vez que esta data passava a fazer parte do meu calendário de datas importantes. Foi há oito anos que tive os primeiros contatos com um dos sentimentos mais puros e verdadeiros que carrego comigo. Sempre tive uma paixão por arte. Sempre quis dançar quando pequena, porém não tinha condições financeiras. Foi em 2009 que surgiu uma oportunidade, chance esta que deu um novo rumo para a minha vida. Foi amor à primeira aula. A cada dia que passava, eu tinha a certeza que nunca mais queria parar de fazer aquilo que fazia eu me sentir tão bem.
Assim como tudo na vida, existem os momentos bons e os ruins. Passei por momentos que pensei em desistir. Já cheguei a desistir (por duas semanas haha). Com o tempo vieram as dores, os problemas, os desafios, mas nada era maior do que a minha paixão por essa arte tão linda. Chegou então àquela fase da vida que precisamos escolher o que faremos no futuro, chegou o momento de provas, vestibulares, cobranças, momento de decisões. Não sabia o que fazer, consegui bolsa para a faculdade, escolhi fazer Publicidade e Propaganda. Mas eu sabia que não conseguiria ficar sem dançar. Então fiz a minha decisão. Iria fazer faculdade, mas também iria continuar dançando.
Foi muito difícil no começo e ainda é. A rotina mudou, já não tinha mais tanto tempo para a Dança, perdia muitas horas de aula por dia. Fiquei muito triste por um tempo. Minha rotina diária aumentou, comecei a fazer estágio. Tive que sair das aulas de Ballet Clássico devido aos horários que não fechavam. Não estava contente, meus dias não eram mais os mesmos.
Comecei a fazer Jazz. No começo, sentia dificuldade pela mudança. Era meu corpo tentando se adaptar a uma nova modalidade. Mas, senti a minha alegria voltando, me senti acolhida de novo. Hoje em dia, consigo trabalhar, dançar e estudar. Tenho a certeza que fiz a escolha certa. Escolhi não deixar para trás um sonho. Escolhi não abandonar minha grande paixão. E acima de tudo, escolhi a Dança para ser o meu porto seguro. “Não danço para ser a melhor bailarina, eu danço para ser melhor que eu mesma.”
Carol Dal Santo
bailarina
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