Escritor Daniel Behnke lança livro Realidades Distorcidas

Neste sábado, 28 de novembro, a partir das 10h, na livraria e papelaria Grafipel, o membro da Academia de Letras do Brasil-SC –Seccional de Jaraguá do Sul, Daniel Behnke, 29, lança seu novo livro, Realidades Distorcidas.

Lançado pela editora Camus, da também escritora Elyandria Silva, Realidades Distorcidas possui 100 páginas e já está disponível para venda. Este é o terceiro livro do escritor e o primeiro de contos. “Admiro a forma como Daniel escreve contos, pela objetividade certeira, pela capacidade de montar, com as palavras, uma sequência de cenas rápidas, bem construídas, com final surpreendente”, declara a editora.

As narrativas de Realidades Distorcidas conseguem atravessar, como bem define o texto de apresentação do livro, as ilusões de ótica da ficção. “Um jogo de espelhos, reflexos sutis, por vezes embaçados, nos conduzindo a uma tensão incômoda, não presumida, ao longo de uma sequência de páginas densas”, revela a sinopse.

Com dois livros anteriores na bagagem, Após Dois Mundos & Outras Crônicas (2012) e Avião de Papel (2013), Behnke nos apresenta agora uma coletânea de textos únicos, singulares na qualidade e escrita. “Comecei a escrever crônicas para um jornal, mas simplesmente de um dia para o outro quando eu sentava para escrever as crônicas, saíam contos em vez de crônicas. Achei estranho pois nunca havia escrito contos. Deixei rolar e peguei gosto”, revela o autor.

Ao tentar traçar um panorama do mercado literário brasileiro, Behnke avalia como ruim “pelo simples motivo de que brasileiro não lê muito e, para piorar, o pouco que lemos geralmente são best sellers mundiais, deixando pouco espaço para os escritores locais”. Porém, acredita que a cena de Jaraguá do Sul seja distinta por ter um número de escritores considerável. “Isso ajuda, pois as pessoas geralmente conhecem um ou dois escritores e a mídia também tem ajudado bastante”.

O escritor revela ainda não ter nenhum escritor favorito e que isso é uma opção consciente. “Não costumo ler muito dos estilos que escrevo justamente para não sofrer influência demais. Temo que eu comece a copiar e perca meu próprio estilo. Uns consideram isso um erro, eu considero estratégia. Até que eu mude de ideia e também passe a considerar um erro”, declara sorrindo.

Sobre o fato de ser um “imortal”, tão jovem, o escritor revela que a “imortalidade” é acima de tudo uma responsabilidade. “A condição de imortal é dada para que se faça uso para o bem, para a comunidade, para as pessoas. Se eu nada fizer e usar isso para minha autopromoção, serei um fracasso para mim mesmo e pra toda a comunidade. Espero que as pessoas nos cobrem essa responsabilidade para que nunca esqueçamos o motivo de sermos imortais”, finaliza.

Fotos Divulgação

Matéria originalmente publicada no Jornal do Vale

Sal

Jornalista, blogueiro, letrista, já fui cantor em uma banda de rock, fotógrafo, fã de música, quadrinhos e cinema...

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