Uma poesia chamada Tempestade Vermelha

L’Extase Amoureuse : La Danaé de Gustav Klimt

Uma gota de silêncio escorre pela tua boca
Louca poesia que convida ao paraíso branco
Pranto teu que não foi meu trincado na garganta
Tanta fantasia aplicada sem razão
Paixão esmiuçada a troco de nada
Fada que pranteia a noite vagando
Pensando no carinho que nunca mais vou ver

Ter a solidão merecida por engano
Pano surrado que substitui o frágil véu
Céu ingrato de tempestade vermelha
Centelha que espalha o fogo que arde
Tarde demais e eu me arrependo

Uma gota de esperança escorre pelos meus lábios
Sábios poemas com vida contida — lamento !
Sofrimento teu que também é meu trancado no coração
Ilusão arrancada da razão
Solidão acompanhada ainda somos
Gnomos que incendeiam a noite pensando
Vagando no caminho que nunca mais vou ter

Ser a paixão merecida por um ano
Engano te oferecer o céu
Véu vermelho de tempestade ingrata
Reparta o fogo que te arde
Pra se arrepender nunca é tarde!

por Ariston “Sal” Junior

Sal

Jornalista, blogueiro, letrista, já fui cantor em uma banda de rock, fotógrafo, fã de música, quadrinhos e cinema...

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