Jesus Cristo: o revolucionário que a extrema direita não convidaria pro churrasco


✝️ Quando o Messias entra na roda de conversa política

Jesus Cristo. Nome forte. Um divisor de eras. Personagem que transcende fé e filosofia, influenciou séculos de história, política e comportamento. Mas… e se ele estivesse aqui hoje? Com CPF, perfil no Instagram e uma passagem de ônibus no bolso?

Mais do que uma provocação, essa pergunta é um convite à análise: como os valores vividos por Jesus se encaixam nas divisões ideológicas do nosso tempo? Esquerda, direita, extrema direita, progressismo, conservadorismo… Onde estaria aquele carpinteiro nascido em Belém?

Spoiler: não seria no palanque armado gritando “família, propriedade e bala”.


Jesus, o do povo (não o da opressão)

Meus queridos, o que sabemos de Jesus pelas fontes históricas (e não só pelos púlpitos) é que ele:

  • Andava com prostitutas, cobradores de impostos e leprosos.
  • Condenava o acúmulo de riquezas com frases tipo “é mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha…”
  • Defendia o perdão, o amor ao próximo, a partilha.
  • Peitou autoridades religiosas e políticas da época, chamando-os de hipócritas e vendidos.

Ou seja: Jesus nunca foi elitista, não defendia o status quo e jamais se aliaria a qualquer projeto de poder excludente. Não por acaso, foi perseguido, torturado e morto pelo Estado aliado ao poder religioso. Não é difícil entender isso, né?

Parece alguém que estaria no cercadinho de Brasília ou no Twitter da extrema direita? Me poupe. Se poupe, nos poupe!


O Messias e a direita armamentista? 

O que a extrema direita prega hoje em muitos lugares, Brasil incluso, obviamente, é quase o avesso dos princípios evangélicos de Jesus:

  • Militarismo, armas e violência como solução
  • Discurso de ódio a minorias
  • Apoio incondicional ao capital e às grandes fortunas
  • Moralismo seletivo e repressivo
  • Religião usada como escudo ideológico

Jesus expulsava cambistas do templo, lembra? Tá na Bíblia. Tio Sal facilita pra você. Essa passagem está nos 4 evangelhos.

“Minha casa será chamada casa de oração’, mas vocês a estão transformando num covil de ladrões!”

1. Mateus 21:12-13


“Jesus entrou no templo e expulsou todos os que ali estavam comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas e lhes disse:

‘Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vocês estão fazendo dela um covil de ladrões!'”


2. Marcos 11:15-17

“Ao chegarem a Jerusalém, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os que ali estavam vendendo e comprando. Virou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas,

e não permitia que ninguém carregasse mercadorias pelo templo.

E os ensinava, dizendo: ‘Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos? Mas vocês fizeram dela um covil de ladrões!'”


3. Lucas 19:45-46

“Então Jesus entrou no templo e começou a expulsar os que estavam vendendo.

E lhes disse: ‘Está escrito: A minha casa será casa de oração; mas vocês fizeram dela um covil de ladrões!'”


4. João 2:13-16

(Essa versão é mais detalhada e aparece no início do ministério de Jesus, enquanto nos sinóticos aparece perto do fim)

“Quando já estava chegando a Páscoa judaica, Jesus subiu a Jerusalém.

No templo, encontrou alguns vendendo bois, ovelhas e pombas, e outros assentados, trocando dinheiro.

Então ele fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas.

Aos que vendiam pombas disse: ‘Tirem estas coisas daqui! Parem de fazer da casa de meu Pai um mercado!'”



Diz aí: que moral ele veria numa igreja que pede dízimo em Pix e depois compra jatinhos?

A narrativa da extrema direita sequestrou o nome de Jesus pra justificar injustiças que ele jamais endossaria. JAMAIS!


Se fosse hoje, Jesus estaria de qual lado?

Não dá pra cravar que Jesus era “comunista”, porque o termo nem existia. Mas dá pra dizer que ele vivia na prática princípios que a esquerda moderna defende:

  • A dignidade dos pobres
  • O combate à desigualdade
  • A crítica aos abusos do poder
  • A valorização da empatia e da coletividade

Jesus era subversivo, libertário, contestador. Muito mais próximo de uma pauta humanista de esquerda do que de qualquer versão higienizada de Deus como gerente de banco.


Jesus não seria de direita. Nem de centro. Talvez nem votasse. Mas incomodaria quem está no topo da pirâmide.

O Jesus histórico, se viesse hoje, seria chamado de “esquerdista”, “petista”, “lacrador”, “comunista”. Seria cancelado no X, atacado nos stories, ameaçado por fake news. Mas ele continuaria com sua sandália gasta, andando com os excluídos, dividindo pão, quebrando o protocolo, e sendo, acima de tudo, humano.

No final, talvez Jesus nos desafie não a colocá-lo num partido, mas a repensar de que lado estamos nós.

Porque entre amar o próximo e manter os privilégios… a escolha nunca foi neutra.


🔻 COMENTA AQUI

👉 Você acha que Jesus seria bloqueado por extremistas nas redes?
👉 Que políticos de hoje ele expulsaria dos templos modernos?
👉 Se ele vivesse hoje, quem o seguiria… e quem pediria sua crucificação?

🧠 Compartilhe suas ideias e marque quem PRECISA pensar sobre isso!

Sal

Jornalista, blogueiro, letrista, já fui cantor em uma banda de rock, fotógrafo, fã de música, quadrinhos e cinema...

Você pode gostar...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *