O melhor de Belchior em seis discos reunidos em box
A indelével obra de Belchior marcou para o bem a música popular brasileira. A discografia do cearense, morto há um ano, fez a cabeça de uma geração e influenciou outros artistas que viram em suas canções pérolas brutas, que não precisavam ser lapidadas, pois a beleza estava justamente na agudeza de sua criação.
Agora, seis álbuns de Antonio Carlos Belchior ganham suas edições definitivas em CD, reunidas no box Tudo Outra Vez. O lançamento foi idealizado e produzido pelo jornalista Renato Vieira, para a Warner Music e é mais do que merecida à obra e ao legado do cearense que foi gravado por Roberto Carlos e Elis Regina, entre outros.
O box chega ao mercado fonográfico com tiragem inicial de 700 cópias e apresenta os álbuns Belchior (1974); Coração Selvagem (1977); Todos os Sentidos (1978); Era uma Vez um Homem e Seu Tempo (1979); Objeto Direto (1980) e Paraíso (1982). Infelizmente a obra-prima de Belchior, o sensacional Alucinação (1976) ficou de fora deste lançamento, porém ele pode ser encontrado facilmente no box Três Tons de Belchior, lançado pela Universal Music, também sob a supervisão de Vieira.
As edições estão supercaprichadas com áudio remasterizado que realçou melhorou a qualidade das faixas gravadas nos anos 1970.
Além da melhoria das faixas, o jornalista responsável brinda os compradores do box com textos informativos que contextualiza cada álbum, além da ficha técnica (que considero fundamental) e as letras das músicas – ponto forte e marcante nas composições de Belchior. Os discos também apresentam faixas-bônus e a reprodução das capas originais de cada disco, para deleite dos fãs.
Vale destacar que a edição do álbum Coração selvagem desta caixa inclui ao repertório a faixa censurada, Como se fosse o pecado, em sua versão original gravada para o disco, mas arquivada pelo censura vigente da época. A música apareceu com outro arranjo no álbum seguinte de Belchior, Todos os sentidos.
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